A história da campanha do Sub-18 no troféu Vale/Brasil também deverá ser lembrada e discutida por muito tempo.O time bugrino viajou a Pindamonhangaba com dois desfalques. A capitã Carol Semedo e a ala Naiara ficaram de fora por contusões. Viajaram 10 garotas, que na estreia - contra Dourados (MS) - deram um show na quadra, vencendo por 4 tentos a 1. A atacante Bia marcou os três primeiros, um mais bonito que o outro.
Nos outros grupos, alguns times também se destacavam como favoritos, como o de Brusque, de Santa Catarina (com várias atletas que disputaram a Taça Brasil Sub-15 de 2007 em Camboriú, vencida pelas bugrinas); o Buzzo/São José dos Campos e o SEJEL de Pinda, na verdade uma seleção, pois contrataram atletas de vários clubes para vencer a competição.
Como os grupos eram de apenas 3 times, a equipe bugrina precisava golear ao EC David Lamonier (também de Pinda), na terceira rodada, para ficar com a melhor campanha geral na fase e teoricamente pegar uma equipe que pudesse ser um pouco mais fraca na semifinal. Pois as "meninas de ouro do Brinco" fizeram simplesmente 21 a zero, com Eloá (a mais nova do elenco) marcando 7 gols durante o segundo tempo. Mas o time bugrino sofreu um desfalque: Carol Rodrigues sentiu uma antiga contusão e deixou a quadra, para não mais voltar no certame. Na semifinal o adversário foi São José dos Campos, velho conhecido e finalista do Aberto Estadual de 2008 contra o próprio Guarani (o Bugre ficou com o título por ter melhor campanha após empate em 3 x 3). O jogo começou a todo vapor, com o grande equilíbrio que sempre há nos confrontos entre ambos.
A atacante Bia infernizava a defesa adversária até que, com poucos minutos de jogo ela sofreu um "jogo de corpo" que a arremessou contra a grade lateral do Ginásio "Zito". Na queda, Bia torceu o joelho (aparentemente a rótula) e teve que ser levada a um hospital de Pinda, saindo de ambulância do ginásio. O fato mexeu com a cabeça do time bugrino que, sem sua principal atacante, sentia muitas dificuldades em quadra. No intervalo, um pacto entre as atletas fez com que o time voltasse diferente, unido na busca da vitória pela companheira fora do combate. E o Bugre saiu na frente, mas no final do jogo, numa atitude impensada, a fixa bugrina Ellen, que já estava com cartão amarelo, deu um carrinho na disputa de uma bola e recebeu seu segundo amarelo, estando excluída da partida e da final (se ela viesse). Com uma jogadora a menos em quadra, São José dos Campos empatou, mas na pura raça das remanescentes o jogo chegou ao fim com 1 x 1 no placar.
E foi na raça que as bugrinas garantiram o zero a zero na prorrogação. Por ter melhor campanha, o Guarani foi à final. Um prêmio mais do que merecido pelo espírito de luta demonstrado.
A atacante Eloá, que substituiu Bia, foi atingida nas costas e saiu da quadra com muitas dores, mas teria uma final para disputar duas horas depois. Durante esse intervalo, as bugrinas torceram e vibraram com o título do Sub-15 e viram o time de Brusque (SC) vencer nos pênaltis ao Buzzo/São José dos Campos, na decisão do terceiro lugar. E viram também Bia, com a perna imobilizada, retornar do hospital para torcer pelas companheiras. A suspeita dos Médicos era de luxação da rótula. Bia passará por exames mais detalhados a partir desta segunda.
Finalmente, na final, aparecia pela frente o "time contratado" da Secretaria de Esportes de Pinda. Saída de bola para o Guarani, um posicionamento errado da ala direita de Pinda e acontece uma jogada exaustivamente ensaiada nas quadras do Brinco de Ouro. A bola é lançada para Eloá, na esquerda, que dá um "tapa na bola" e fuzila cruzado: gol, com 5 segundos de jogo. Um gol decisivo, pois a equipe de Pinda perdeu a tranqüilidade e começou a tentar o empate com chutes de longa distância, aparecendo com destaque a goleira Beatriz Nogueira.
Fechando-se muito bem na defesa, as bugrinas agüentavam o bombardeio inimigo e tentavam os contra-ataques. Foi quando aconteceu mais uma cena emocionante: com terríveis dores nas costas, sem conseguir ir e voltar para ajudar a defesa, Eloá chora na quadra enquanto grita para as companheiras não desistirem. No banco, o técnico Elvis tinha apenas uma opção, a zagueira Fernanda, além da goleira Thatiane. E numa bola roubada pela defesa, Eloá é lançada na esquerda, dá um drible desconcertante na marcadora e fuzila com o pé esquerdo, uma bomba no ângulo superior direito da goleira de Pinda: 2 a zero para o Guarani, para delírio das garotas do sub-15 na arquibancada, que enfrentavam "no grito" a torcida de Pindamonhangaba, entoando os "gritos de guerra" da torcida bugrina.
Eloá, não agüentando as dores, deixa a quadra, mas com 2 x 0 termina o primeiro tempo. Com a última jogadora de linha disponível atuando, a goleira Thatiane fica vestida para jogar na linha, no caso de necessidade. Raça pura no segundo tempo, até que faltando pouco mais de sete minutos, Pinda consegue fazer o primeiro gol e o jogo pega fogo. O sufoco aumenta. A pressão da torcida também. A goleira Beatriz faz defesas impossíveis e Eloá volta para o jogo, pois a bola precisava ser presa na frente e poucas jogadoras (e até jogadores) do Brasil tem a habilidade da atleta bugrina com a bola nos pés. E assim foi.
Com certeza muitas atletas do Guarani estarão com marcas roxas nas pernas e no resto do corpo por uma semana, mas a bola não entrou.
Fechando-se muito bem na defesa, as bugrinas agüentavam o bombardeio inimigo e tentavam os contra-ataques. Foi quando aconteceu mais uma cena emocionante: com terríveis dores nas costas, sem conseguir ir e voltar para ajudar a defesa, Eloá chora na quadra enquanto grita para as companheiras não desistirem. No banco, o técnico Elvis tinha apenas uma opção, a zagueira Fernanda, além da goleira Thatiane. E numa bola roubada pela defesa, Eloá é lançada na esquerda, dá um drible desconcertante na marcadora e fuzila com o pé esquerdo, uma bomba no ângulo superior direito da goleira de Pinda: 2 a zero para o Guarani, para delírio das garotas do sub-15 na arquibancada, que enfrentavam "no grito" a torcida de Pindamonhangaba, entoando os "gritos de guerra" da torcida bugrina.
Eloá, não agüentando as dores, deixa a quadra, mas com 2 x 0 termina o primeiro tempo. Com a última jogadora de linha disponível atuando, a goleira Thatiane fica vestida para jogar na linha, no caso de necessidade. Raça pura no segundo tempo, até que faltando pouco mais de sete minutos, Pinda consegue fazer o primeiro gol e o jogo pega fogo. O sufoco aumenta. A pressão da torcida também. A goleira Beatriz faz defesas impossíveis e Eloá volta para o jogo, pois a bola precisava ser presa na frente e poucas jogadoras (e até jogadores) do Brasil tem a habilidade da atleta bugrina com a bola nos pés. E assim foi.
Com certeza muitas atletas do Guarani estarão com marcas roxas nas pernas e no resto do corpo por uma semana, mas a bola não entrou.
Com 2 x 1 e o apito final, por volta das 22h30, iniciou-se a festa pela conquista do troféu número 264 (foto à esquerda). Aliás, os troféus conquistados em Pinda estão entre os mais bonitos de todos já levados para o Museu do Brinco de Ouro, e simbolizam, mais uma vez, a síntese de um trabalho sério e vencedor, que se tornou referência nacional no esporte feminino.Superando todas as dificuldades, estruturais e financeiras, as "meninas de ouro do Brinco" escrevem a cada dia uma história que merecia ser analisada e estudada por muitos profissionais do futebol, digna do livro dos recordes e da história quase centenária do Guarani Futebol Clube.
Eloá foi a artilheira da competição e Beatriz foi eleita a melhor goleira da categoria (foto à direita).
Parabéns meninas, vocês a cada dia a cada campeonato nos enchem de orgulho, vocês são realmente maravilhosas e parabéns meu amigo Fernando pelo trabalho sério e profissional que faz junto ao futebol feminino.
Parabéns meninas, vocês a cada dia a cada campeonato nos enchem de orgulho, vocês são realmente maravilhosas e parabéns meu amigo Fernando pelo trabalho sério e profissional que faz junto ao futebol feminino.
Fonte: Fernando Pereira no site:
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