Há 15 anos o futebol feminino do Guarani é um orgulho para nós bugrinos, as nossas meninas já foram campeãs 297 vezes e o trabalho dos que criaram e cuidam dessa modalidade no clube, não é reconhecido.
Ontem infelizmente li uma reportagem no site
http://www.bugretotal.com.br, sobre a grande possibilidade de acabarem com o futebol que dá certo no clube, por imposição de dirigentes e pessoas que não parecem quererem o bem do Guarani. O trabalho realizado é reconhecido internacionalmente e as garotas tem a possibilidade de oportunidade de terem um futuro, graças aos primeiros chutes no Guarani.
Segue abaixo uma descrição enviada pelo site www.guaranifutfem.com, leia se orgulhe e se posicione contra o que estão querendo fazer que é acabar com nosso orgulho.
Nos últimos 13 anos, vinte e seis garotas saíram do Projeto de Futebol/Futsal Feminino do Bugre diretamente para universidades dos Estados Unidos, que oferecem bolsas de estudo às melhores atletas de todo o mundo. Em troca de seu futebol, podem estudar gratuitamente no curso que desejarem. A grande maioria soube aproveitar muito bem a oportunidade que o futebol lhes trouxe e teve muito sucesso, dentro e fora dos campos. Há meninas que, depois de formadas, se tornaram técnicas de futebol em clubes e universidades, e duas até se casaram nos Estados Unidos. Outras retornaram e assumiram dignas atividades profissionais, graças ao estudo no exterior. Houve quem se tornasse executiva numa empresa multinacional.
A educação e o talento apresentado pelas primeiras abriram portas para outras e hoje o Guarani FC é considerado nos EUA como um dos principais programas de categorias de base de futebol feminino do Brasil. Constantemente chegam e-mails de todas as partes dos EUA oferecendo bolsas de estudo às principais atletas do Clube.
Em agosto último, mais quatro meninas partiram para os EUA em busca de um futuro melhor e agora a primeira temporada esportiva delas chega ao fim. Todas se deram muito bem.
As gêmeas Bárbara e Bia foram para a Saint Francis University, no estado da Pennsylvania, convidadas pelo ex-treinador do time feminino do Guarani, Marcelo Antonelli, que hoje lá trabalha como Assistente-Técnico. Juntos, já haviam conquistado pelo Guarani vários títulos estaduais e o Brasileiro Sub-15 de 2007.
E a “aposta” da universidade não foi em vão. Pela primeira vez na história, a Saint Francis University foi campeã da sua Conferência (NEC). Bárbara foi eleita a jogadora-revelação do ano e escolhida como a melhor atacante do segundo time da seleção da Conferência. Bia acabou tendo uma contusão e não atuou muito, ou com certeza a tarefa teria sido bem mais fácil. Bia, Bárbara e Marcelo fizeram questão de mandar fotos suas com o troféu conquistado pela primeira vez na história da universidade.
Helena foi para a Shorter University, na Geórgia. Seu time começou mal a temporada e chegou a estar em penúltimo lugar, entre os 12 times da competição, mas depois foi engrenando e terminou na segunda colocação.
Conseguiu bater o recorde de vitórias numa única temporada (10), coisa que não acontecia desde 2002. Atuando como volante, Helena se adaptou muito bem à nova função e foi muito elogiada. Sua rápida adaptação ao time e à língua e a liderança dentro de campo fizeram a diferença.
Aline Bez optou por ir ao
Cowley College, no Kansas. Sua temporada foi ótima. Eleita como uma das melhores atacantes do seu campeonato, terminou a temporada com 28 gols, apenas um a menos que o recorde anterior de uma atacante de seu time numa única temporada, mas com mais pontos nas estatísticas, em se levando em conta as assistências nos lances de gol. Já recebeu convites de Universidades maiores para a temporada 2011.
As quatro chegaram ao Guarani com idade entre 11 e 12 anos e defenderam o clube graciosamente por mais de 7 anos, tornando-se torcedoras fervorosas do Bugre. Instruídas desde cedo a estudarem e se prepararem para aproveitar para a vida a oportunidade que o esporte poderia lhes trazer, souberam fazê-lo e agora colhem os primeiros frutos dessa dedicação, sacrifício e perseverança. Essas informações foram passadas pelo departamento de futebol feminino, agora não é admissível, que queiram acabar com o que dá certo no clube, acabar com o sonho destas meninas que elevam o nosso nome lá fora e principalmente por interesses próprios e imposições autoritárias, terminar com um trabalho que é vencedor há tanto tempo.
Fonte: www.guaranifutfem.com